Maior cliente do agro brasileiro, a China projeta aumento de 50 milhões de toneladas em sua produção de grãos até 2020, atingindo incríveis 550 milhões de toneladas. No entanto, isso não significaria qualquer prejuízo para o Brasil, avalia o professor José Luiz Tejon Megido, conselheiro Fiscal do CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável).
“A China produz mais do que o dobro do Brasil. Em contrapartida, consome muito, não tem mais condições para expansão e é por isso que ainda precisa importar. O governo chinês tem preocupações seríssimas com a contaminação do solo e da água. O país consome 1/3 da produção mundial de fertilizantes e a estatal chinesa decretou aumento de consumo zero de fertilizantes e defensivos”, explica o especialista.
Dessa forma, segundo Tejon, o cenário mundial para o Brasil se revela “extraordinário” na relação com este cliente/parceiro econômico. “Devemos cada vez mais incorporar o estado da arte da tecnologia, os fatores ambientais já comprometidos, a educação e a existência de produtoras e produtores rurais cada vez mais chamados de agro urbanos. Temos total condição de dominar, em um futuro próximo, fatores controláveis essenciais para dobrarmos o volume e agregarmos valor, multiplicando as receitas obtidas com o agronegócio por três”, conclui.
fonte: Agrolink
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